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Artigo!!! A tecnologia Agtech & Food Tech e o Futuro da Comida by *Manoel Mário de Souza Barros


Artigo Especial

Publicado na Newsletter de Mercado Comum

publicação nacional de Economia, Negócios & Finanças.


Se nos idos de 1900, o planeta abrigava algo em torno de 1,5 bilhão de pessoas, hoje somos mais de 7 bilhões.


Até 2.100, a expectativa  é que este número ultrapasse a marca de 11 bilhões de habitantes.


Os números não deixam dúvidas de que será preciso um novo salto de produtividade nas lavouras para alimentar a população crescente.


O problema no entanto não poderá se dar a qualquer custo.


Diante de consumidores cada vez mais exigentes e comprometidos com questões sociais e ambientais.


Fica a pergunta: Como resolver esta equação? Nos últimos anos, inúmeros experimentos relacionados à produção de alimentos têm sido realizados.


Deixar o preconceito de lado e rever a forma como produzimos a nossa comida, uma revolução silenciosa que deve impactar toda a cadeia produtiva de alimentos.


Modismos e avanços que se mostrarem viáveis do ponto de vista econômico, porém, dificilmente substituirão de maneira integral os modelos tradicionais de produção, já que a demanda crescente por alimentos.


Prestar atenção a eles no entanto ao meu ver poderá ser educativo para os produtores de commodities.


Na era dos millennials – como são conhecidos os jovens nascidos após 1980, que viveram a maior parte de suas vida adulta já no atual milênio- discussões em torno da origem dos alimentos serão cada vez mais cruciais, até mesmo na conquista (ou perda)de mercados.


Muito mais do que qualidade, as novas gerações desejam produtos de qualidade, cultivados com respeito ao meio ambiente e de forma socialmente correta.


Mais do que saber o que estão comendo, exigem transparência para conhecer a procedência e a forma de produção de cada ingrediente.


Exigente, esse jovem consumidor tem pressionado as indústrias que por sua vez repassam a pressão aos seus fornecedores, que são obrigados a se adequar à nova realidade, muitas vezes até revendo seus processos produtivos.


Quando falamos em jovens, não estamos falando em meia dúzia de meninos mimados. Nos Estados Unidos, por exemplo, os millennials já são maioria.


De acordo com um estudo recente do Pew Research Center, esse grupo é composto atualmente por quase 70 milhões de americanos e a sua influência no mercado de alimentos só tende a aumentar daqui por diante.


Mais perto da produção e lideradas por alguns desses millennials, uma série de startups focadas em novas tecnologias de produção de alimentos, ou simplesmente “Food Tech”, tem sido criadas em todo o mundo.


Essas empresas surgem, geralmente das necessidades desses jovens – em muitos casos diferentes de seus pais, que formavam a geração X.


Um exemplo recente é o movimento “Eat Local”, que fomenta o  consumo de alimentos produzidos localmente, colaborando para o desenvolvimento da economia da região e ainda reduzindo a pegada de carbono desses produtos.


O desejo dos consumidores por esse tipo de alimento tem feito com que cada vez mais as áreas urbanas, até então ociosas, sejam aproveitadas para o cultivo de frutas, verduras e legumes.


As cidades assim, vão se transformando em inusitadas fronteiras agrícolas, ou seja, em qualquer espaço disponível pode ser visto como um centro produtivo.


As lavouras hoje, como já são comuns nos Estados Unidos estarem no topo de grandes galpões e de edifícios.


*Manoel Mário de Souza Barros

Presidente da Comissão de Direito do Agronegócio da OAB/MG, diretor da Câmara Internacional de Negócios e advogado Tributarista.

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