Temas relevantes para o setor são debatidos durante reunião
A Câmara da Indústria da Construção da FIEMG se reuniu, de forma virtual, nesta terça-feira, dia 29/6.
O encontro foi aberto pelo presidente do colegiado, Teodomiro Diniz Camargos, que fez um panorama do contexto atual do setor e da economia brasileira.
Segundo o empresário, foi realizado um estudo pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) que revela que a construção civil no país esta pagando 25% a mais em materiais, como o aço, em relação aos parâmetros internacionais. “Isso é extremamente danoso para o segmento.
Estamos sendo exposto a um estresse maior de preço em relação ao mercado internacional, o que comprova a necessidade de abrir o mercado, estimular a importação, para que haja equilíbrio nos preços”, ressalta.
Camargos mostrou preocupação em relação ao modelo de reforma tributária proposta pelo governo federal.
“Ao invés de rever e simplificar os tributos, vai se buscar uma arrecadação maior de impostos pelo governo federal, taxando e desestimulado os investimentos, inclusive os externos.
A economia não suporta mais aumento de carga tributária, como o que está sendo proposto”, afirma o empresário, pontuando a necessidade da priorização da reforma administrativa e a redução do tamanho do Estado.
Emilio Beltrami, consultor internacional credenciado pelo Sebrae, apresentou o recém-lançado projeto Foresight, que visa a prospecção de cenários tecnológicos no setor da construção em Minas Gerais.
“Estamos fazendo um benchmarketing sobre os aspectos tecnológicos que estão acontecendo no estado e comparando com outros mercados”, diz.
Para o consultor, a ideia do projeto é apoiar as empresas a acessar ativos tecnológicos e dar assistência ao setor, trazendo tecnologia e experiência de outros mercados.
Alessandro Ferreira, vice-presidente do Grupo Pardini, reforçou para membros da Câmara a importância da testagem em massa para o combate a Covid-19 e para o retorno das atividades.
De acordo com Ferreira, apesar dos números extremamente altos no Brasil, o número de mortalidade tem caído porque a doença tem encontrando uma população vacinada e pacientes que já tiveram a doença, que também funciona como uma imunização.
“Os exames de massa são importantes porque criam ao redor da pessoa contaminada barreiras sanitárias ao tipar todas as pessoas que tiveram contato com ela, mesmo as assintomáticas”, afirma.
Ferreira pontua que essa barreira sanitária pode vir a substituir um lockdown extensivo, já que ficariam em isolamento só as pessoas do circulo social do contaminado.
O trabalho da empresa VIA/W, com foco em renegociação de contratos, gestão de custos, qualidade dos contratos e recuperação de cobranças indevidas, foi detalhado pelo diretor regional em MG, Luciano Bernardo Silveira.
"A VIA/W tem resultados comprovados. São mais de R$3 bilhões em economia gerada para os nossos clientes, em mais de 300 projetos (média de 36% de redução)", afirma.
Ieda Vasconcelos, do Sinduscon-MG, apresentou uma análise da economia brasileira e do setor de construção.
A economista afirma que há uma onda de otimismo que não se via desde o início do ano passado.
Fatores como a taxa de câmbio em queda, a melhora nas expectativas de crescimento do PIB em 2021, a baixa taxa de juros para o financiamento imobiliário, a confiança dos empresários e consumidores crescendo projetam a economia ao nível pré-pandemia, apenas 3% abaixo do auge, que foi em 2014.
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