Entidade teme que elevação da taxa básica de juros reflita nas principais datas de vendas
“O impacto dessa elevação será, mais uma vez, diretamente sentido pelos setores de comércio e serviços, uma vez que o consumo é desestimulado e o crédito, tanto para consumidor quanto para lojista, se torna mais caro”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.
O aumento da Selic é um dos caminhos para tentar conter a inflação, especialmente agora onde cenários externos refletem na economia global, como a recessão econômica nos Estados Unidos e o conflito entre Ucrânia e Rússia.
Entretanto, é preciso agir com cautela já que, mesmo que o objetivo seja segurar a inflação neste momento, ao longo dos próximos meses podemos sentir um efeito rebote e um novo crescimento inflacionário estagnar a economia, recuar a produção e achatar o número de empregos formais no país.
“Nossa expectativa é que essa seja a última elevação da taxa no ano e que, na próxima reunião do Copom, em setembro, não sejamos surpreendidos com uma nova alta. Estamos nos aproximando das principais datas para o comércio como Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal.
Um ambiente inflacionário, com alto custo de crédito e baixo poder de compra das famílias, poderá ter um efeito negativo no resultado das vendas e, por consequência, na geração de emprego e renda.
Esperamos que o governo nos propicie um ambiente econômico seguro e com perspectivas positivas para 2023”, conclui o presidente da CDL/BH.
Fonte:
CRISTINA REIS
Ascom CDl/BH
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