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Excesso de compromissos financeiros no início do ano favorece inadimplência
Compras de Natal, pagamentos de impostos, despesas escolares, entre outros gastos que se acumulam em janeiro, acabam comprometendo o orçamento das famílias, gerando o aumento do número de inadimplentes.
Na base de comparação mensal (Jan. 20 / Dez. 19) o crescimento foi de 0,28%.
Isso acontece também devido ao fato de dezembro ser uma base de comparação forte por causa do pagamento do 13o salário, o que possibilita às pessoas quitarem suas dívidas.
Os dados fazem parte da pesquisa de inadimplência e dívidas em atraso da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).
Já na comparação anual, a inadimplência caiu entre os consumidores no início de 2020 (-0,27%) em relação a janeiro de 2019 (0,04%).
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, dezembro é um mês que favorece a circulação de dinheiro, o que ajuda as pessoas a quitarem os seus débitos.
Já no mês de janeiro, há um acúmulo de despesas, somadas às compras de Natal.
“O consumidor já inicia o ano com muitas contas para pagar, além dos imprevistos que acontecem, por isso é importante que haja planejamento financeiro para evitar a inadimplência”, afirma Souza e Silva.
Inadimplência entre os homens é menor
Na comparação anual (Jan.20/Jan.19), os homens acumulam menor quantidade de dívidas (-1,9%) em relação às mulheres (-0,86%).
A justificativa é que ainda existem diferenças no mercado de trabalho, que apresenta menor taxa de desemprego entre os homens, além de terem maior rendimento salarial (homens média de R$ 3.502 / mulheres R$ 2.321 – 3o tri. 2019 – IBGE).
Indicador de dívidas apresenta queda desde março de 2017
Mesmo janeiro sendo um mês de muitas despesas para pagar, gerando acúmulo de débitos, a melhora da atividade econômica vem ajudando a baixar o número médio de dívidas, que é o menor da série histórica (1,914), iniciada em Jan.2010.
“Esperamos que a melhora na economia possibilite aos consumidores inadimplentes quitarem as suas dívidas e deixarem o cadastro de negativados”, afirma o presidente da CDL/BH.
Aposentados concentram mais dívidas.
O acúmulo de dívidas é maior (11,7%) entre os aposentados. Isso porque o orçamento é mais apertado devido ao custo de vida mais elevado em função das despesas com saúde, por exemplo, e também porque, em muitos casos, esta faixa etária é responsável financeiramente pela família.
“Os aposentados acabam acumulando mais dívidas por se responsabilizarem pelos gastos da família com uma renda apenas da aposentadoria, comprometendo assim a quitação das dívidas”, ressalta o presidente da CDL/BH.
Entre os gêneros, houve queda, porém com maior concentração entre os homens (-5,63%). Entre as mulheres, a queda no número de dívidas foi de -4,27%.
Empresas também iniciam o ano com mais dívidas
O indicador de devedores das pessoas jurídicas da capital mineira iniciou o ano de 2020 com crescimento de 4,72% em relação ao mesmo período do ano anterior (Jan.19).
Em janeiro de 2020 o índice foi de 0,84% comparado ao mesmo período do ano anterior (0,41%).
A melhora no cenário econômico ainda não foi suficiente para que as empresas recuperassem suas perdas ocasionadas pela crise econômica.
Apesar disso, é importante ressaltar que o indicador de dívidas vem desacelerando. “Esperamos que com a melhora da atividade econômica, as empresas sejam capazes de quitar suas dívidas e deixar o cadastro de CNPJ’s negativados”, ressalta o presidente da CDL/BH.
Metodologia – Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH têm acesso.
Assessoria de Imprensa da CDL/BH
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