Codemge anuncia venda, para a FIEMG, do LabFab ITR
A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais - Codemge anuncia a venda do Laboratório de Produção de Ímãs de Terras Raras - LABFAB ITR para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG, após ter duas licitações desertas, ou seja, sem interessados no ativo. A transação, de R$35 milhões, conforme valuation realizado, representa um passo significativo para fortalecer a posição de Minas Gerais no setor de terras raras e reduzir a dependência do mercado internacional.
O LABFAB ITR, especializado na produção de ímãs de terras raras, enfrentava desafios operacionais significativos, devido à necessidade de processos licitatórios internacionais para a aquisição de insumos essenciais, especialmente da China. “Em um setor que exige agilidade para atender à demanda de mercado, a Companhia optou por buscar um parceiro estratégico capaz de operar eficientemente a planta piloto, a planta principal e todos os laboratórios vinculados ao projeto”, afirma o diretor-presidente da Codemge, Thiago Toscano.
A venda do LABFAB ITR não apenas mantém o projeto em Lagoa Santa, Minas Gerais, mas também enfatiza o compromisso da Codemge e do governo estadual com o desenvolvimento da região. Além disso, a FIEMG irá proporcionar treinamento e capacitação contínua ao corpo técnico especializado na área, impulsionando o conhecimento local.
A aquisição contribui diretamente para a cadeia completa de terras raras, consideradas um material estratégico para Minas Gerais e para o Brasil como um todo. A capacidade de atender parte significativa da demanda nacional por ímãs de terras raras assume uma importância estratégica, uma vez que, atualmente, 90% desses ímãs são importados da China.
Capacidade de produção
O Brasil, junto com o Vietnã, possui a segunda maior reserva de elementos terras-raras. Esses elementos são encontrados em diversos tipos de minérios, como monazita, argila iônica e outros.
Para a fabricação de ímãs de terras-raras no LabFabITR, mais especificamente ímãs sinterizados de neodímio-ferro-boro, é necessário que os elementos de terras-raras sejam extraídos, concentrados e separados, para a obtenção do óxido de neodímio.
Atualmente, no Brasil, as mineradoras que atuam com esses elementos apenas realizam a extração e concentração. Devido a isso, o laboratório iniciará sua operação comprando o terra-rara metálico de países como China, Reino Unido e outros. Destaca-se ainda que o próprio LabFabITR já vem desenvolvendo estudos para a utilização de ímãs de fim de vida como matéria-prima.
O laboratório possui uma capacidade de produção de 100 toneladas de ímãs por ano, contudo essa capacidade pode ser expandida até 250 toneladas. Planeja-se que, no primeiro ano de operação do empreendimento, sejam fabricadas 5 toneladas de ímãs. E, a partir do segundo ano, essa quantidade triplique, aumentando anualmente até atingir a capacidade máxima.
Ao atingir 100 toneladas de ímãs, estima-se que sejam consumidas aproximadamente 30 toneladas de óxido de neodímio.
Informações para a imprensa:
Hipertexto Comunicação Empresarial
Mateus Pena: 31.99066-7838
Comments