O programa é uma cortesia da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, oferecido em parceria aos editores do jornal MG Turismo dos jornalistas Antonio Claret Guerra & Sueli Callais Guerra, que convidaram nosso BLOG do joaocarlosamaral.com
Depois de 5 dias no Hotel Rural Vila Galé em Beja no Alentejo pegamos estrada com a meta de percorrer 13 das 37 aldeias e cidades, que estão no chamado Roteiro Judiário - locais onde os judeus viveram antes e durante os cerca de 280 anos que durou a Inquisição.
ROTEIRO
#idanha-a-velha
JCA+Bárbara Anjos (nossa guia) o casal Sueli e Antonio Claret Guerra nas históricas ruas de Monsaraz
Casa da Inquisição
Centro Interativo da História Judaica
"Percorrendo as brancas e inclinadas ruas de Monsaraz, deparamo-nos, para as bandas da alcáçova, ao fundo da Rua de Santiago, com uma casa de dois pisos, com painel azulejado entre duas janelas de cantaria, que a tradição local afirma ter sido um tribunal da inquisição.
JULGAMENTOS
EM ÉVORA
Não foi, de certeza, um tribunal da Inquisição, porque o pequeno burgo de Monsaraz nunca possuiu semelhante desígnio e os julgamentos dos crimes dos cristãos-novos montesarenses eram da competência do Santo Ofício de Évora."
O “edifício da Inquisição” em Monsaraz terá apenas funcionado como albergue de um familiar do Santo Ofício ou, quanto muito, como estadia temporária de acusados, que mais tarde seriam julgados no Tribunal do Santo Ofício em Évora.
Mas a história judaica não começa com a Inquisição no século XVI.
"A antiguidade da minoria hebraica de Monsaraz encontra-se já documentada no foral concedido por D. Afonso III em 1276, e suspeita-se ainda nos termos da carta lavrada em Monsaraz a 15 de maio de 1317, já no reinado de D. Dinis, aludindo à venda de Mourão ao mercador Martim Silvestre, pai do cavaleiro Gomes Martins, em 19 de abril do mesmo ano.
No reinado de D. Fernando, em outubro de 1382, deparamos com um judeu importante, que as fontes documentais dão como morador em Monsaraz.
Esse judeu chamava-se Abrão Alfarime, “morador em Monsaraz” e, numa carta de arrendamento dos direitos pertencentes aos almoxarifados de Monsaraz e Mourão, expedida de Lisboa pelo Rei D. Fernando e dirigida ao almoxarifado e escrivão de Monsaraz e Mourão, figura ele como arrendatário desses privilégios reais.
VÁRIAS FONTES
São várias as fontes que nos indicam, com alguma precisão, a existência de provas documentais e arqueológicas que atestam a subsistência de uma próspera comunidade judaica em Monsaraz."
Fonte:
ARPT
CENTRO DE PORTUGAL
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