Pinçei do blogdopco.com.br o texto que reúne as principais metas do segundo mandato do governador Zema em Minas.
" Um Romeu Zema mais político e com foco em questões nacionais, que impactam o país, mostrou que está com o discurso afinado, sem deixar de mostrar os projetos que tem para o Estado e do que fez no seu primeiro mandato e no que pretende fazer nesses próximos quatro anos.
Foi com essa nova embalagem, que o governador mineiro se apresentou no primeiro Conexão Empresarial 2023, no almoço-palestra no espaço Meet.
No evento promovido pela VB Comunicação e transmitido pelo Canal Viver Brasil, Romeu Zema disse que após colocar a casa em ordem no seu primeiro mandato, ele pretende fazer muito mais pelo estado, mas lembra que estamos em um contexto de Brasil e “temos, infelizmente, o governo federal que ainda acredita que mesmo fazendo aquilo que sempre deu errado”, acredita que “quem sabe um dia pode dar certo”.
Para Zema isso é preocupante e se nós temos a opção de fazermos o que já se provou que dá certo mundo afora, por que continuarmos tentando naquilo que deu errado, supondo que o resultado vai ser diferente?”.
Autonomia do Banco Central
Preocupado com a discussão em torno da autonomia do Banco Central, o governador Romeu Zema disse que é extremamente temeroso que avanços significativos que aconteceram no país, “como a Independência, a autonomia do Banco Central seja questionada.
Não existe em lugar no mundo, onde se tem um governo sério para atender ao Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo.
Existe sim para ser o guardião da moeda”.
Em sua fala para empresários, políticos e representantes da sociedade, Zema disse que não há nada mais injusto do que a inflação e ë sabemos que um governo gastador é a melhor ignição para começar um processo inflacionário”.
Reformas estruturantes
A falta da apresentação de reformas estruturantes, também foi um dos assuntos abordados pelo governador Romeu Zema, que considera essa como uma das reformas essenciais para o desenvolvimento do país, além da reforma tributária e criticou o que chamou de retrocesso, a decisão do Supremo Tribunal Federal decidiu que “mesmo aquilo que está transitado em julgado pode ser revertida”.
Para ele, uma decisão como esta aumenta a insegurança jurídica no país, o que pode afugentar os investidores: “é algo surreal, mas é o que está acontecendo hoje no Brasil”.
Ele também considera como preocupante o fato de que alguns ministros fazendo declarações de que querem uma revisão da reforma trabalhista e acrescentou que “os erros do passado sirvam de lição.
Quem já tinha ficado 16 anos governando o Brasil tem de ter aprendido alguma coisa, principalmente se foi quem fabricou a maior recessão da história do Brasil, que foi aquela que nós assistimos em 2015 e 2016.
Bobagens do executivo
Apesar das críticas ao governo federal, o governador mineiro acredita que o país, atualmente, está menos exposto “às bobagens do executivo federal.
É pouco provável que uma gestão temerária, faça os estragos que aconteceram na Petrobras.
É pouco provável também que o ministro da Fazenda repita as bobagens que foram cometidas lá atrás.
Temos hoje um Congresso mais combativo” e lembrou que o resultado da última eleição mostrou um país dividido, com a vitória do presidente Lula por 51% contra 49% do seu adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Imposto sobre combustíveis
Zema afirmou que é contra o aumento dos tributos, mas que vários estados passam por situação difícil e não podem ficar sem receitas. Segundo ele, “somos da opinião que o Estado não pode aumentar tributos.
Nos meus primeiros quatro anos, fiz questão de não ampliar nenhum tributo.
O que foi possível reduzir, nós reduzimos. E estamos falando de uma tributação que foi alterada pela União.
Como cidadão sou favorável a que o preço seja mantido, mas como governador, a União precisa ressarcir os estados e municípios das perdas que essa redução do ICMS trouxe.
É uma situação complexa. Como governador posso dizer que Minas não pode abrir mão dessa receita, o estado ainda enfrenta sérias questões financeiras”.
Relacionamento com AL
Em Minas Gerais, ele lembra que vive um novo relacionamento com o legislativo mineiro.
Ele disse ter conversado mais com o atual presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite, do que com o ex-presidente e hoje conselheiro do Tribunal de Contas, Agostinho Patrus.
Zema disse que sempre houve abertura para o diálogo em seu governo para com o Legislativo, mas” a única visão dele foi a de me destruir”, devido ao projeto pessoal de poder do ex-presidente da Casa.
Zema disse estar confiante de que as pautas do governo serão levadas em consideração a partir de agora e serão debatidas pelos parlamentares.
Ele lembrou que devido a dificuldade do governo em fazer tramitar as matérias de seu interesse, pela primeira vez, o Supremo Tribunal Federal julgou uma causa por omissão do Legislativo em analisar a matéria.
Zema também falou no Conexão Empresarial 2023, do investimento que o Estado tem feito no turismo e em obras importantes como o Rodoanel, que segundo ele, será muito importante para Belo Horizonte e mais 20 municípios em seu entorno e na concessão do metrô.
Ele disse que já esteve com os controladores, que irão assumir o controle do metrô e com a União e acredita que até meados do ano o processo estará concluído.
O Conexão Empresarial teve o patrocínio da AngloAmerican, AngloGold Ashant, Drogaria Araujo, Grupo BMG, Fiat, Líder Aviação, Mater Dei, SIAMIG, SINTRAM, Urbana Media e apoio do SetraBH, FecomercioMG-Sesc/Senac.
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